Se a automedicação sempre foi um perigo, ela pode ser ainda mais danosa diante da COVID-19.

 

Já é fato constatado, a automedicação é muito perigosa para a saúde e, mesmo isso sendo uma premissa universal, ela não deixa de ser praticada. No Brasil, estima-se que ao menos 77% dos brasileiros possuem esse hábito segundo pesquisa desenvolvida pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). A grande preocupação é que esses números comecem a aumentar ainda mais diante da pandemia do novo coronavírus.

Com as várias informações que circulam na Internet e nos veículos tradicionais de comunicação, sabemos que a corrida pela cura não para. Por isso, muitas especulações surgem em meio caos.

De um lado, temos cientistas e pesquisadores correndo contra o tempo para encontrar uma saída. De outro, temos pessoas preocupadas com a sua saúde e daqueles que amam. Nesse sentido, ainda existem muitas pesquisas, contudo, não há nada verdadeiramente concreto.

Ora alguns medicamentos são tidos como salvadores da pátria, ora eles são tidos como vilões da saúde. Mas, afinal, o que realmente funciona?

 

Ibuprofeno:

Muito se foi abordado sobre remédios contendo esse princípio ativo e também a respeito dos sintomas em si que seriam agravados pela utilização dele, potencializando ainda mais o quadro do coronavírus. O Ministério da Saúde não ficou de fora dessa questão e também opinou contra o medicamento.

Entretanto, com o passar dos dias, a Organização Mundial da Saúde (OMS) contestou a informação. Segundo a OMS, ainda não temos estudos seguros e conclusivos a respeito do ibuprofeno, por isso, não é possível fornecer informações certeiras sobre o seu uso.

Além do ibuprofeno, os medicamentos que tem como base a hidroxicloroquina ou cloroquina também foram muito falados graças a estudos e até informações vindas de autoridades políticas.

 

Cloroquina:

Esse é um fármaco já utilizado no tratamento da malária e em pacientes portadores de doenças autoimunes, como o lúpus. Existem alguns estudos em andamento a respeito da droga, incluindo especulações de que ela consegue ser benéfica no caso da covid-19.

No entanto, remédios à base de cloroquina podem ser causadores de arritmias cardíacas, pancreatite, hepatite e problemas na retina. Ou seja, ela não é isenta de riscos!

 

Como proceder?

Diante desta mais nova doença, todo tipo de medicamento pode apresentar risco. Se a automedicação nunca foi aconselhada, agora, ela é menos ainda! Esta é uma etapa nova de conhecimento para a saúde, então, não vale a pena arriscar, já que, se você possui alguma predisposição, seu caso pode ser agravado com a medicação sem orientação médica.

O ideal é seguir as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde. Lave bem as mãos com água e sabão, use álcool em gel, saia apenas com máscara e fique em isolamento social o máximo possível.

Se ainda assim os sintomas do coronavírus aparecerem, busque uma unidade de saúde próxima a sua casa e faça o teste. Caso seja constatado positivo para a doença, o profissional da saúde lhe conduzirá ao tratamento considerando os seus sintomas.

Cuide-se!

2 thoughts on “A automedicação em tempos de coronavírus

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.